Um mergulho cultural nas férias

Itacaré, do Tupi Ita (pedra) caré (pontas irregulares)  é um pequeno município litorâneo no Sul da Bahia. Sair do Vale do Aço e chegar aqui requer disposição para 15 horas de viagem com breves paradas para um lanche.

Como vários outros lugares turísticos da Bahia,  os nativos raramente pedem algo, mas oferecem insistentemente produtos e   serviços, seja nas quatro praias que circundam a cidade, ou para os passeios por praias acessíveis apenas por trilhas ou barcos.


Não poderia dizer que os baianos daqui sejam receptivos e prestativos como os mineiros são com os turistas que chegam a Minas.  Em Itacaré,  à exceção daqueles treinados para atender nos hotéis pousadas,  restaurantes e demais ramos do comércio, não se assuste se perguntar ou argumentar algo com um nativo,  e ele apenas murmurar uma resposta, sem esticar conversa.  Caso encontre uma pessoa muito comunicativa quase sempre será capixaba,  ou carioca. Mineiros por aqui são minoria, mas existem.

Anúncio de uma pousada,  em hebraico 

As ruas de Itacaré deveriam chamarem-se  Babel de Cima, Babel de Baixo,  e Nova Babel. Na rua da Pytuba,  coração comercial e turístico, com uma variedade gastronômica como pouco se vê por aí,  ouve-se muito mais espanhol, inglês ou hebraico do que português.
Colônia de surfistas,  na praia da Tiririca,  em Itacaré 
Estive em uma pousada de propriedade de um jovem argentino,  onde estavam hospedados o suíço Pascal,   a francesa Juli, a israelita Coral,  um casal de chilenos, Lea e Peter, o baiano descendente de Canudos,  Vini, o brasiliense  Bruno e o gaúcho Gustavo. Minhas férias foram em meio a essa sopa de conhecimentos de vários cantos do planeta.  Poliglota? Nada que a empatia não resolva.



Comentários