O que será dos brasileiros com uma lei parida no meio do caos?

O governo tenta mostrar normalidade e corre o risco de parir um monstro que vai assombrar uma nação inteira. É a conclusão que se observa diante das notícias de hoje, vindas de Brasília.

Que as reformas, trabalhista, previdenciária e política são absurdamente inexoráveis, todos sabemos. O problema é o ambiente promíscuo onde estão em gestação. A boa notícia é que, como dizem, nós brasileiros não desistimos nunca. Será?

Pois vejam que na noite de terça-feira (23), a presidência da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado deu como lido o relatório da reforma trabalhista, nesta 3ª feira (23.mai). Porém, o relator Ricardo Ferraço (PSDB-ES) não conseguiu fazer a leitura do texto no colegiado.

O relator do projeto na CAE, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), decidiu apresentar nesta terça seu relatório favorável à proposta, que é de interesse do governo Michel Temer.
Ao ouvir “Cala a boca, moleque vagabundo” do senador Ataídes Oliveira (PSDB), Randolfe Rodrigues (Rede)partiu para cima e chegou a subir na mesa

A decisão de Ferraço desagradou senadores da oposição. Eles lembraram que na semana passada, depois do agravamento da crise política com as delações da JBS, o tucano disse que o calendário da reforma estava suspenso. Mesmo com as críticas, Ferraço reafirmou que apresentaria o texto.

“É muito importante que nós discutamos mais essa matéria, e ler esse relatório
hoje de solavanco, afogadilho, colocando goela abaixo, para que o Legislativo demonstre que o Executivo não está paralisado, isso não pode acontecer”, opinou Renan.

Depois da confusão o presidente da CAE, Tasso Jereissati (PSDB-CE), anunciou ter considerado lido o parecer de Ricardo Ferraço (PSDB-ES). A decisão, confirmada pela secretaria da CAE, foi tomada mesmo sem a efetiva leitura do texto, mas garantiu que a tramitação siga na Casa. O texto pode ser votado na CAE já na próxima terça-feira 30. Antes de ir ao plenário a proposta ainda terá de passar pelas comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Assuntos Sociais (CAS) do Senado.


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