A gasolina e o ovo estão fora da contabilidade dos índices de inflação?

No começo da semana voltava de Governador Valadares quando deparei com um posto de combustíveis com a gasolina a RS 4,45 o litro. O etanol estava a mais de R$ 3 e o diesel nem consegui ler. 

No domingo (12/11),  em Ipatinga,  de R$ 4,14 a R$ 4,28, o preço da gasolina também era assustador.  Com o etanol a R$ 3,82 a saída é abastecer o carro com o biocombustível. É bom lembrar que abastecer com álcool só é compensador quando o biocombustível está abaixo de 70% do valor da gasolina. 
Posto na BR-116 já vendia gasolina a R$ 4,45 no dia 13/11. Qual seria o limite? 

Até quando os preços serão suportados?  Seria a casa dos R$ 5 o limite para o preço da gasolina até dezembro?  Seria R$ 100 o valor da botija de 13 quilos de gás de cozinha até dezembro? 

A disparada no preço dos combustíveis ocorre justamente no momento em que se aproxima o período de férias dos brasileiros e muitos poderiam viajar para descansar de um ano pra lá de enfadonho.  

Essa carestia toda é um duro golpe no orçamento já corroído pela defasagem salarial, em um contexto de disparada de preços de tudo no comércio,  embora os índices oficiais de inflação apontem números baixos,  em covarde contraste com a carestia.  

Pode uma cartela com 24 ovos,  que custava R$ 7 em novembro de 2016 saltar 100% e chegar a R$ 14,80 em 2017? Parece que o ovo ficou fora da contabilidade da inflação.  A gasolina, o etanol e o gás de cozinha também não foram computados. 

Pelo bem de todos é bom lembrar que, da verdadeira inflação quem sabe é a dona de casa,  o pai de família, que consegue lembrar-se dos preços de novembro de 2016.  

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