Ato Institucional na eleição extemporânea

A censura está à solta. O começo da campanha eleitoral, deflagrado com as convenções partidárias para eleição extemporânea em Ipatinga (MG) nos remete novamente ao clima de disputa acirrada entre grupos políticos que querem “o bem do povo”.

Sinto-me transportado à era do coronelismo e ao voto de cabresto. Tudo em nome de contratos e promessas de emprego, algumas que jamais serão evetivadas e outras que já permitem a alguns seletos a sanha de locupletar-se.


Mas muito antes do começo da campanha eleitoral aparecer nas ruas, ela já começou, de fato nos bastidores, com as costuras partidárias.



Todo jornalsita precisa ler "A mentira das urnas"

Quem está no meio do fogo cruzado que se cuide porque no intento de conquistar a vitória nas urnas, os partidários fazem qualquer coisa. Sobretudo atropelar quem antes acreditava-se que tinha amigos. Nessa hora saco da estante o velho "A mentira das urnas" de Maurício Dias, só para não me esquecer de uma histórica prática de política mesquisa de alguns brasileiros.


Ontem quando cheguei ao diretório do PT em Ipatinga uma das primeiras coisas que uma moça perguntou a um partidário com quem eu conversava foi se eu era “confiável”, se era “parceiro”. Quer dizer, se não for de um determinado grupo, você é automaticamente inimigo daquele grupo.


Nesse meio, para quem está afeiçoado às sinecuras à custa da mentira e ilações oníricas qualquer coisa que venha contra sua visão míope soa como ameaça e precisa ser descartado.


Aliás, após anos a acompanhar os bastidores da política, entendo que procurar amigos no meio político é como procurar virgem no bordel.


Deflagraram os atos institucionais. Que digam adeus aqueles profissionais da comunicação que perigavam em torno de alguma liberdade para escrever, falar ou exibir alguma coisa.


Lamentavelmente os argumentos de um jornalista valem pouco diante das mãos recheadas de dinheiro dos assessores e coordenadores de campanha.


Mas restam alternativas para quem não se conforma com essa situação. A prova disso é a seqüência de cassações de mandatos eletivos.

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