A era da subjetividade absoluta


Notícia publicada hoje pela Agence France Pres (AFP) dá conta que a confiança na imprensa está diminuindo nos Estados Unidos, onde um número cada vez maior de americanos considera a cobertura das notícias errada ou subjetiva, segundo uma pesquisa publicada nesta segunda-feira.


Imagem da WEB (AFP)

Apenas 29% das 1.506 pessoas entrevistadas pelo Pew Research Center entre os dias 22 e 26 de julho acreditam na veracidade das notícias divulgada pelos meios de comunicação, contra 63% que pensam o contrário.

Da mesma forma, 60% dos entrevistados consideram que falta objetividade aos meios de comunicação, contra 45% em 1985. Apenas 20% dos americanos acreditam que os meios são independentes do poder, e 21% que eles estão dispostos a reconhecer seus erros.

A pesquisa ainda revelou que a televisão continua sendo o meio de informação dominante nos Estados Unidos (71%), antes da Internet (42%) e da imprensa escrita (33%).

Conclusão
Trata-se de um fenômeno que ocorre também no Brasil, de uma forma muito clara. Na era da subjetividade humana, em que cada um tem um recurso próprio de comunicação, os meios convencionais não funcionam mais com tanta eficiência, como há 10 anos.

A internet subverteu todos os paradigmas comunicacionais. É um lugar onde todos buscam só o que lhe interssa e lhe agrada. Lembro me aqui de uma frase de Nicholas D. Kristof : “Ao contrário do jornal, a internet nos leva a buscar ideias afins às nossas e vai nos isolar ainda mais em nossas câmaras políticas hermeticamente fechadas”.

Ainda segundo Nicholas, quando navegamos on-line, cada um de nós é seu próprio editor, o guardião de sua própria entrada. Selecionamos o tipo de notícias e opiniões de que mais gostamos. Essa é a era da subjetividade absoluta. Só o "eu", o que "eu penso", o que "me interessa" é o que vale na frente do computador.

Negroponte, do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) , chamou a esse produto noticioso emergente "O Meu Jornal Diário". E, se isso for uma tendência, que Deus nos salve de nós mesmos.

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