Este pássaro é o nosso conhecido quero-quero, da família Charadriidae. Trata-se de um bicho encrenqueiro. Quando algum intruso invade o que ele entende ser o seu território, abre o bico em um grito estridente e ininterrupto.
Se o intruso aproximar-se mais, outros indivíduos do bando acompanham o grito e preparam um ataque iminente.
No Vale do Aço, o quero-quero é encontrado em grande quantidade às margens de algumas lagoas e no Parque Ipanema, em Ipatinga.
Segundo técnicos do Instituto Estadual de Florestas (IEF), os quero-quero e as capivaras nas margens das lagoas do Parque Estadual do Rio Doce fazem uma espécie de simbiose.
As capivaras gostam de ficar onde estão os quero-quero, pois quando eles gritam é por causa da invasão da área por outro bicho etranho, inclusive humanos. Isso dá a elas tempo para enfiarem-se na água.
Os quero-quero podem ficar agressivos, com filhotes ou ninhadas de ovos (eles sempre fazem ninhos no chão, sobre a grama) e fazer voos razantes sobre os intrusos. Há riscos para os humanos porque na ponta das asas deles ha esporões extremamente agudos, que podem furar os olhos ou rasgar o couro cabeludo.
Portanto, não se aproxime de um bando de quero-quero, principalmente se estiverem com filhotes.
Nesta foto, tirada às margens da Lagoa do Bispo, no Parque Estadual do Rio Doce, dois adultos quero-quero protegem três filhotes. Note que o da direita, possivelmente o macho, começa a se abaixar para articular o ataque. Estava a uns 50 metros e usei o zoom para conseguir essa imagem. Sai do local antes que ele levantasse o voo do ataque.
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