Antigos amigos comunicadores do rádio

Estive no fim de semana com dois grandes comunicadores. Sábado a noite recebi em casa o amigo e conterrâneo Luiz Omar, acompanhado da sua esposa, a engenheira ambiental Cláudia Brum. Luiz, depois de 30 anos nos estúdios, agora está agora fora do rádio. 


Mas noticiou-me que vai voltar em breve, talvez em dezembro ainda, em uma emissora FM, com uma comunicação mais aberta, dialogada com o ouvinte e em formato  que ainda está em montagem.


É bom saber disso porque o Luiz faz falta no rádio, assim como fazem outros comunicadores que, por uma série de fatores conjunturais, tiveram que ir fazer outra coisa. Citemos como exemplo Júlio Oliveira, antigo noticiarista da Rádio Itatiaia Vale do Aço, igualmente fora do rádio.

Neste domingo visitei em sua cabana no bairro Petrópoles, em Timóteo o comunicador Edmar Moreira. Aposentado, nem pensa em voltar aos estúdios. 

Sorvemos alguns goles, lembramos de nossos tempos juntos no rádio e rimos de coisas engraçadas e situações que enfrentamos com a maior tranquilidade, processos judiciais que ganhamos e lamentamos que tenha caído o nível da programação radiofônica.


O povo dificilmente fala no rádio atualmente. Quando fala é sobre uma coisa boba qualquer e, com raras exceções, os que fazem o rádio de hoje estão distantes do  povo. Algo vai muito mal.

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Algo vai mal também na educação. Os professores têm ficado absurdados com a horda que chega das ruas para ocupar as salas de aula anos após ano. 

Sem perspectivas, com baixíssimo grau de conhecimentos e interessados só no aqui e agora, os jovens são tidos por alguns professores como uma perda.

Nunca se viu tanta gente desinteressada, capaz inclusive de assumir isso, como fez uma mocinha que, ao visitar o jornal onde trabalho, na semana passada, disse que o seu único intersse no jornal é o resumo semanal de novelas.

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Comentários

  1. Prezado articulista

    Vejo com tristeza o abismo em que o rádio se encontra, principalmente o AM. Bons tempos quando a gente ligava o rádio e ouvia programas aproveitáveis. Essa moçada de hoje não tem jogo de cintura para fazer o diferencial, como por exemplo, Edmar Moreira, Luiz Omar e alguns outros que marcaram época. Até os noticiários jornalísticos já não são mais atraentes: apresentadores que caguejam, informações sem sentido, etc. Acredito mesmo que a era dos grandes comunicadores não volta mais. Esse é um dos motivos pelo qual as novas gerações não perdem o tempo em ligar o rádio.

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  2. Alex,
    Não ha dúvidas que a perda de interesse está no formato. Muitos comunicadores querem fazer hoje rádio como se estivessem nos anos 70. Ou 80. Alguns por comodismo e outros por falta de vontade estão na mesmice: mensagem na abertura do programa, bla bla bla sobre o dia, depois saudações pra uns e outros e depois música. Quem aguenta isso? Cadê a interatividade? Cadê a fala do ouvinte, ou mesmo uma mensagem enviada por celular, email ou telefone?

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  3. Prezados, eu também abandonei o rádio. Entendo que a crise do meio começa na administração, cada vez mais pessoas alheias ao meio ingressam nas linhas de comando. Além disso, morreu Januário Carneiro, grande empreendedor, visionário e ninguém ocupou o seu lugar. Saíram os grandes profissionais citados nesse artigo e tantos outros grandes comunicadores e, também, ninguém os substituiu ai no interior. Essa é a lógica da vida profissional: Sem grandes mestres, sem grandes profissionais. Deu nisso que vocês estão reclamando tanto.

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  4. O Luiz Omar voltou ao rádio. Neste fim de 2011 está na Globo AM 1270 em Ipatinga.

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