Quando a ficção sai das telas e invade a realidade é sinal que algo vai mal na cabeça do povo. Ontem li com os olhos esbugalhados e incrédulos do que via, que a Agência Espacial dos convencidos do Norte, a Nasa, ganhou grande espaço para um desmentido, de que o mundo vai acabar em 2012, conforme tratado em filme a ser lançado semana que vem.
Pois agora a poderosa Nasa teve que desmentir a boataria, que ameaçava ganhar proporções daquela que Orson Welles protagonizou ao afirmar no rádio que a terra era invadida por marcianos, em antológico episódio em 1938.
Imagem oficial do filme 2012: exageros e polêmica religiosa
No tal filme, 2012, a terra é destruida numa colisão de um planeta igualmente fictício. A história roteirizada por alguma mente doentia, a partir de preceitos bíblicos, ganhou status de verdade quando alguns bloguistas trataram de promover isso, ao afirmar que o caso era verdadeiro e a agência espacial escondia a verdade.
O argumento é raso e objetivo, como toda conversa de estadunidense: se isso fosse verdade, astrônomos do mundo todo já estariam a acompanhar a trajetória do planeta ha pelo menos dez anos. Da terra, já seria possível ver a olho nu o "planeta fatal" se aproximar.
By Wallcoo.com
Estado de natureza
Quando a tolerância chega a zero, com a incoveniência do outro, o caso pode acabar em crime.
Em Santana do Paraiso (MG) um homem ateou fogo no vizinho por causa do som alto. Depois de um bate boca, o "Nero" santanense apelou e agrediu o vizinho, que está internado com queimaduras graves em um hospital de Belo Horizonte.
É um episódio típico. O direito de o vizinho ouvir som alto termina ou começa, quando o outro tem o direito de não ouvir o som?
Pelo menos uma coisa podemos deduzir. O vizinho queimado com álcool certamente não escutava Jazz, Mpb ou Rock Nacional.
Faz lembrar o caso de um sujeito que eu conheço e que se deu ao direito de levar para o ambiente de trabalho um home theater, ligou o amplificador ao PC em que trabalha, e se acha no direito de escutar a parafernália em pleno horário de trampo. Vai faltar com o bonsenso assim lá em Santana do Paraíso.
Disseram uma vez que o mundo acabaria no dia 11 de agosto de 1.999 (com direito a espaço na mídia). Conheci algumas pessoas que chegaram a acreditar em tal previsão.
ResponderExcluirSó que, naquela época, não tinha nenhum filme para se promover com isso.
Acho mais convincente o fim do mundo com a queda do lagarto lá da serra do Espírito Santo.
Abraço,
Marcelo Bolzan
Hahaha. Marcelo, os índios capixabas foram mais espertos do que os ficcionistas de "2012"?.
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