Paradoxos do nosso cotidiano

Observei no Parque Ipanema na tradicional caminhada de domingo cedo, as tendas armadas nas proximidades dos galpões. O carregador contou que é um "tal" fórum das águas, que vai acontecer ali.

O que? Outra edição do Fórum das Águas no Parque Ipanema?

Na edição anterior, ha três anos, um engenheiro florestal que participava do próprio evento informou que os estragos ambientais são iminentes, pois além da grande quantidade de gente que o evento atrai, ha ainda as obras de infraestrutura, com tendas, pórticos, tapumes e outras instalações.

Impactos possíveis

Recuperação das gramíneas - mínimo 6 meses, com o cuidado de transplantes e irrigação
Arbustos - os que forem suprimidos precisam de nova muda no lugar.
Os que forem danificados pela movimentação gastam de um a dois anos para se recuperarem
Água do lago artificial - a presença de grande número de pessoas não deixa de gerar impactos sobre o recurso hídrico.
Alteração do cotidiano do parque - inevitável, pois as instalações do fórum ocupam grande extensão por um prazo médio de dez dias, o que interfere no uso do equipamento urbano pela população, que no período de realização do Fórum fica com a circulação limitada, com a interdição de alguns setores do parque.
Fauna: aves que habitam o lugar, espécies variadas são diretamente atividades pela poluição sonora e aumento da movimentação de pessoas.

E quem vai pagar a conta?

É preciso que os governantes entendam que o Parque Ipanema tem um ecossistema frágil, um local de descanso, atividades físicas e de lazer para a população.

Inclusive os organizadores do Fórum deveriam enxergar esse paradoxo, de discutir preservação ambiental em um local que sofrerá prioritariamente os impactos do megaevento.


Paradoxo: os biguás selvagens serão os primeiros impactados com evento pirotécnico ambiental

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