"Faith diver's"

Às vezes rimos das pautas esquisitas, sobre biguás migratórios, cães que se aposentam, maritacas que invadem praças e quatis obesos. Brincamos sempre na redação com essas pautas engraçadas chamadas de "fatos diversos" do cotidiano, que a gente tenta vender ao leitor numa tentativa desesperada de fugir das pautas insosas, que vêm das prefeituras, do antro político e outras coisas nas quais nem sempre o leitor está interessado.

Pois vi que a Folha de São Paulo também tem sua "pauta de fuga". Um título lustoso dia desses destacava: "Porções em quadros de "A Última Ceia" aumentaram com passar dos séculos".

O texto originário da agência BBC Brasil era sobre um estudo da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos. O estudo concluiu que o tamanho das refeições mostradas em vários quatros de "A Última Ceia" foram mudando com o passar dos anos, refletindo o aumento do tamanho das porções.

Especialistas em obesidade estudaram 52 das pinturas mais famosas desta cena bíblica, criadas no último milênio, para analisar o tamanho da ceia. Entre as obras estudadas, está "A Última Ceia" de Leonardo da Vinci e representações criadas pelo pintor alemão renascentista Lucas Cranach e por Rubens.

A conclusão foi de que os acompanhamentos, pão e pratos colocados diante de Jesus e dos apóstolos aumentaram, progressivamente, em até dois terços. Os pesquisadores afirmam que a descoberta sugere que o fenômeno - servir porções maiores em pratos maiores - ocorreu de forma gradual no decorrer do milênio.

"Os últimos mil anos testemunharam aumentos dramáticos na produção, disponibilidade, segurança, abundância e capacidade de adquirir alimentos", afirmou o professor Brian Wansink, que liderou a pesquisa junto com seu irmão Craig Wansink.

"Acreditamos que, assim como a arte imita a vida, estas mudanças foram mostradas em pinturas sobre o mais famoso jantar da história", acrescentou. A pesquisa foi publicada na revista especializada "International Journal of Obesity". No melhor estilo acredito se quiser.
 

Antes



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