Quando a razão e a lógica não valem nada

O caso da Família Nunes, de Timóteo, condenada por adotar o método de ensino em casa  é um desses paradoxos históricos. Em obediência ao preconizram os legisladores, o Judiciário, cego à razão e à lógica sentencia os pais de dois adolescentes.

Conheço o caso da família Nunes desde 2008, quando comecei a acompanhá-lo para fins de publicação no Diário do Aço. Depois disso, o caso ganhou a mídia nacional, fomentou um debate antigo, criado por casos idênticos.

Um dos filhos do casal Nunes, Davi, é amigo do meu filho. São contemporâneos da escola, quando os meninos ainda estavam matriculados na escola regular.

Que o desempenho dos meninos supera o desempenho daqueles que foram mantidos na escola regular não ha questionamentos.

Já em relação à questão legal a história é outra, conforme mostra em 20 páginas o juiz responsável pelo caso na Comarca de Timóteo. Mais uma vez a razão e a lógia são despojadas em nome de um paradoxo legal.

Paradoxo porque a mesma dura lex não é aplicada quando os filhos dos pobres deixam as escolas por falta de estímulo, por falta até de perspectiva futura ou mesmo uma exigência irracional de uso de uniforme dentro do estabelecimento. Lamentável.  
Foto: Wolmer Ezequiel


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