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"A fome no mundo vai aumentar", afirma especialista francês

Deixa aproveitar uma lasanha de frango aqui, porque pode ser que em breve isso não seja mais possível. E quando isso acontecer espero estar muito longe daqui. Abaixo, excerto de um texto apocalíptico sobre a fome no mundo. Como ficar de barriga vazia está fora do contexto, aproveitemos enquanto não se concretiza o pior. 


“Hoje existem 6,8 bilhões de pessoas no planeta e em 50 anos haverá de 9 a 10 bilhões. Atualmente, 2 bilhões sofrem de má nutrição, resultado da privatização intensa.” Este é o cenário traçado pelo professor emérito de agricultura comparada e de desenvolvimento agrícola no Instituto Nacional Agronômico Paris-Grigno, Marcel Mazoyer, em palestra realizada ontem (30 de junho) na sede da Fundação Editora da Unesp, durante  o lançamento de seu livro História das agriculturas no mundo – do neolítico à crise contemporânea.

O especialista discutiu as principais causas e consequências da explosão demográfica no começo do século XX para a produção agrícola, além de abordar as perspectivas em relação à subnutrição alimentar, um problema social, político e econômico mundial na contemporaneidade.

Segundo Mazoyer, a grande maioria dos mal nutridos ou subalimentados crônicos é de camponeses e agricultores familiares, ou seja, os  próprios vendedores de alimento que comercializam metade ou três quartos de sua produção e têm fome. Além disso, ressaltou que o valor acumulado é direcionado à compra de instrumentos de trabalho e a necessidades pessoais como vestimentas, por exemplo.

“O freio nos investimentos agrícolas promove a redução da produção, redução dos estoques e explosão periódica e passageira dos preços. Com isso, mais de 1,34 bi de pessoas, referente à população ativa, são prejudicadas. A quantidade de alimentos que seria necessário para suprimir fome seria 30% do que é produzido e consumido no planeta”, conta. Para ele, a contribuição da ONU e da comunidade internacional são extremamente importantes para sustentar a reforma agrária do país.

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