Um amigo, daqueles bem franciscanos, não se cansava de repetir; “Quando fica tão ruim é porque está perto de mudar”.
De vez em quando saía com essa: “De toda crise se tira uma lição de vida, algo que você aprende e que lhe é muito útil dali em diante”.
Pois o velho João Matuto, que pensava ter a política chegado ao fundo do poço quando permitiu em 2006 a eleição de personagens caricatos, como Clodovil Hernandes, Frank Aguiar e outros bichos, agora está boquiaberto ao saber que o palhaço Tiririca poderá ser bem votado.
“É cumpadre. Está de amargar, esse trem”, me diz desconfiado à beira do fogão a lenha e trempe de ferro fundido, já desgastada pelo uso diário de décadas na fazenda.
O Tiririca é a antítese do político certinho, mas seu personagem transformou em achincalhe o processo eleitoral. Mas talvez Tiririca seja um dos poucos verdadeiros em meio a tanto fingimento e pantomínia.
Comentários
Postar um comentário