O apocalipse é agora

“Se não está no Google, não existe” – Essa frase foi dita por uma jovem dia desses, e me deixou a pensar sobre esses tempos modernosos.

Hoje é mais fácil um jovem saber sobre como se deu o processo eleitoral do presidente Obama do que quem é o presidente da Câmara Legislativa de sua cidade.

O Google é bom para isso: leva para dentro de sua casa tudo o que existe no mundo todo, exceto o quintal da sua casa.

A cuspir tijolos

O tempo anda mesmo doido. Depois de ler um texto apocalíptico sobre as mudanças climáticas na terra enfrentei, nesta sexta-feira, um verdadeiro rally entre Ipatinga e Dionísio.

Via a hora que o motor da picape pilotada pelo relinchante chefe Waldecy saía pelo capô, tal a matrifuzia que o sujeito fazia na condução por estradas tortuosas por cordilheiras infinitas.

Você só sabe o que passam os pilotos do rally Paris-Senegal quando está num carro e sente que ele rodou a traseira ao mergulhar numa curva com 50 centímetros de poeira fina que nem “pó de arroz”.

O ponto culminante da viagem é o alto do Lobo, crista da montanha que dá acesso à prosaica Dionísio. Lá é tão alto e o vento tão frio que a vegetação nesse tempo de seca resume-se a árvores espinhentas e capim sem folhas, só no "talo". Não serve nem para fazer casa de cupim. 

Os produtores rurais de lá estão de cabelos ríspidos. Eles dizem que nunca viram uma seca tão rigorosa, depois que a vegetação foi castigada por temperaturas que caíram a 5ºC em pleno mês de agosto. Soma-se a isso a constante ameaça do fogo. Basta que algum sem-serviço lance uma binga ( seria guimba?) de cigarro à beira da estrada e tudo vira cinzas em minutos.



Apocalipse

Mas sobre o apocalipse, lia um estudo sobre a “Corrente do Golfo”, um gigantesco "rio" que corre Atlântico afora. Sai do Golfo do México, passa pelo Atlântico Sul, onde ganha calor, sobe sentido Europa, mergulha nas profundezas do oceano com a água gelada e resfria os trópicos. Com esse ciclo, mantém o equilíbrio da temperatura em boa parte do planeta. Milhões de vidas marinhas transitam de lado a outro dos oceanos, tratando do equilíbrio no ecossistema.

Uma pesquisa no São Google, aquele tudo tem, a onipresente ferramenta de busca de dados, como disse a bela jovem, pode levar o leitor deste minifúndio cibernético a saber mais sobre esse monstro de energia, vital para o planeta.

Contam os cientistas que o derretimento do gelo polar, resultante do aquecimento global, desequilibra a salinidade da corrente e ela pode parar. Se isso acontecer virá em 100 anos uma nova Era do Gelo. Espero que meus ossos não sintam frio. Lamento pelos netos ou bisnetos que estarão por aí.

Comentários

  1. 1 - O comentário sobre o Google me lembra outro sobre símbolos... Ó, "raios"!!!

    2 - Rally para Dionísio é uma coisa. Com chefe Waldecy como piloto é tentativa de suicídio. Cê besta!!!

    3 - Depois da corrente do Golfo, tive várias ideias para posts no blog...

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