Feministas de cabelos (e botox) em pé

Uma decisão do Conselho Nacional de Justiça esta semana trouxe à baila uma celeuma da qual poucos tinham conhecimento.

O juiz Edilson Rumbelsperger Rodrigues, de Sete Lagoas (MG) foi processado, acusado de machismo no julgamento de processos relacionados à Lei Maria da Penha – que protege as mulheres vítimas de violência masculina.

No caso que levou à abertura do processo, em 2007, o juiz dizia ver "um conjunto de regras diabólicas" e afirmava que "a desgraça humana começou por causa da mulher".

O juiz não economizou o impropérios ao considerar a Lei Maria da Penha absurda e a classificar como um "monstrengo tinhoso".

Eis alguns trechos da decisão meritória:

"Ora, a desgraça humana começou no Éden: por causa da mulher, todos nós sabemos, mas também em virtude da ingenuidade, da tolice e da fragilidade emocional do homem (...)  O mundo é masculino! A ideia que temos de Deus é masculina! Jesus foi homem!” (Agora eu me lembrei de Caim, de José Saramago, emprestado pela Marcele).

Segue o juiz: "Para não se ver eventualmente envolvido nas armadilhas dessa lei absurda, o homem terá de se manter tolo, mole, no sentido de se ver na contingência de ter de ceder facilmente às pressões".

No julgamento do CNJ, os conselheiros colocaram em dúvida, além da imparcialidade e cumprimento funcional, até mesmo a sanidade mental do magistrado.

Ai surgiram os arautos dos interesses “legalistas” com as mais variadas discussões acerca da sentença.

Eu apenas lembro-me de entrevista que fiz com um juiz da comarca de Ipatinga ao findar do primeiro ano da tal lei Maria da Penha. O ilustre magistrado explicou sobre os processos em andamento, relacionados à aplicação da lei e ponderou sobre a falta de estrutura do estado para se fazer cumprir o objetivo maior da lei, que não é punir, mas sim corrigir distorções.

Em resumo, não basta trancafiar o cidadão que deu uns tabefes na mulher, colocá-lo nas superlotadas celas com criminosos comuns, porque isso não resolverá um problema social. Pelo contrário, criará mais um.

Comentários

  1. Este tipo de preconceito, em pleno 2010, é completamente descabido! Longe de mim levanter bandeira feminista, mas cá pra nós, o tal juiz não parece mesmo em boas condições de saúde mental!

    Alexi, já descobriu como é que se para o mundo pra gente poder descer, pelo menos de vez em quando? E o endereço de Pasárgada? Vai ou não vai compartilhar?

    ResponderExcluir
  2. Marcele, voce sabe muito bem quem levou Adão a comer o disgramado do fruto proibido. Sem mais delongas. Quanto ao endereço da ensolarada Pasárgada não é um segredo, necessariamente.

    ResponderExcluir
  3. Quando a Dilma aprovar a Lei Muçulmana invertida, a gente conversa de novo, tá?

    ResponderExcluir
  4. Prefiro do jeito em que está. Mesmo a existirem situações como aquelas, do "Sítio do Ferreirinha".

    ResponderExcluir

Postar um comentário