Sem teatro televisivo

O leitor José Aparecido Ribeiro contesta o show midiático em torno da megaoperação "Guerra do Rio". Segue abaixo a íntegra de sua opinião:

Boa parte da imprensa brasileira continua na superficialidade dos fatos na abordagem do que está acontecendo no Rio. Os repórteres precisam perguntar aos políticos o que está sendo feito para acabar com favelas? Precisa também, tratar segurança como um assunto de política e não de polícia.

O Rio e o Brasil precisam de políticos decentes e de boas práticas políticas. As chagas do Rio estão abertas para o mundo e todos estão chocados não com a violência, essa faz parte do dia a dia do povo Brasileiro, mas com a forma desumana que vivem milhões de pessoas nas mais de 900 favelas que compõem o tecido urbano da Cidade Maravilhosa. Isso sim deveria ser o foco da imprensa.

Ou o Rio muda o "teatro das operações", o "terreno", o "cenário" (FAVELAS) ou elas farão o Rio sucumbir. Políticos só entram em favelas para comprar votos e a imprensa comprometida com a verdade deveria mostrar os fatos por esse enfoque. Cadê o Presidente que vive dizendo que o País está a 120KM por hora? Cadê a sucessora que se diz a Mãe dos Pobres? Cadê o Governador que foi reeleito com a promessa de acabar com a violência? Será que vivem em outro país?

Pergunte aos políticos que estão entocados, o que eles estão fazendo para acabar com favelas cariocas? Isso sim é uma abordagem adulta e menos sensacionalista, uma abordagem útil que cobre dos políticos atitudes decentes para acabar com FAVELAS no Rio e no Brasil.

José Aparecido Ribeiro
Especialista em Assuntos Urbanos

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