Esperança na sorte

Passei perto de duas casas lotéricas esta semana, quando muito se fala na mega sena da virada e vi muitas pessoas na fila. A maioria com cartões do jogo nas mãos. "Façam suas apostas", escutei a funcionária da casa brincar com um cliente.

Mas o fato é que brasileiro é esperançoso. Vitimas de uma má distribuição de renda histórica, muitos sonham em ganhar a bolada simplesmente para desfrutar dos prazeres consumistas que o dinheiro pode comprar. Prazeres esses que a mídia televisiva nos empurra goela abaixo como importantes e imprescindíveis. Todos querem uma vida de rei.

Mas lembro-me de duas coisas. Primeira é a informação segundo a qual mais da metade dos prêmios pagos, grandes fortunas, acabou-se para muitos ganhadores. Eles não souberam administrar o dinheiro e voltaram do paraiso da abastança ao inferno da carência, se é que existe inferno.

Dinheiro é assim mesmo. Difícil tê-lo e mais difícil ainda mantê-lo. Sem conhecimento qualquer fortuna é corroída em pouco tempo. O consumo é um buraco sem fundo em que toda a riqueza pode ser jogada nele sem que encha ou peça para parar.

Eu cá, ando mais desconfiado do que nunca dessa jogatina oficial. Ha sérias denúncias de vícios nessa mutreta. Prefiro confiar no trabalho. E em 2010 como trabalhei, como tive oportunidades. Nada a reclamar. Apenas a agradecer aos poucos e verdadeiros amigos. Eles são imprescindíveis para a verdadeira fortuna.
Algures: quase na hora de parar um pouco para desopilar as ideias

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