Desopiladores

“A morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti”.

Certo dia acordei numa pequena cidade litorânea. O sol mal havia levantado-se no horizonte e as seis badaladas do sino da igreja alí perto anunciavam que o dia começava. Aquela semana marcava o dia da padroeira da cidade e o sineiro, após as seis badaladas das horas, tocava uma sequencia no sino, que formava uma música.

Foi impossível não se lembrar do verso que inicia esse texto, de autoria de John Donne, poeta inglês do século XVI,  que Ernest Hemingway deu destaque em seu livro Por Quem os Sinos Dobram, um dos primeiros que li do autor.

Hemingway era um escritor errante. Vivia de ilhas em ilhas, as vezes escritor, as vezes jornalista. Apaixonava-se com  muita facilidade e em muitos de seus escritos essa paixão avassaladora pelas moçoilas de seu tempo transbordava em belas construções literárias. Era um tempo em que amar era bacana e ser criativo, compensador. 

Foto: Alex Ferreira. 01/02/2011


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