Passava dia desses pela avenida Pedro Linhares, mais precisamente nas proximidades do Ipatingão e pude observar que uma concessionária de revenda de motocicletas tinha espalhado várias motos ao redor do campo , bem de frente para a arquibancada .
As motos ficariam então ali , como objeto de desejo para milhares de pessoas que assistiriam ao jogo que seria realizado naquele estádio , no domingo . Pensava aqui com minhas inquietações nas dezenas de acidentes diários com motocicletas nesse trânsito virulento .
O saldo das vítimas que esses veículos fazem é responsabilidade de outro setor , o do contribuinte que precisa arcar com um oneroso serviço público para tratar os acidentados .
Ando mesmo boquiaberto com a loucura do trânsito . Como toda loucura gera consequências, a do trânsito gerou a indústria de multa . Certa vez inseri esse termo em uma reportagem ainda nos meus tempos de rádio e ganhei como inimigo alguns gatos pingados da ACS da PMI.
De vez em quanto é preciso que um fato gritante vire um escândalo nacional para que se tome alguma providência . Veja que em Coronel Fabriciano questionei um certo empresário sobre o fato de a cidade ter radares na descida do caladinho, justamente em trecho com pouco registro de acidentes e tráfego de pedestres .
O sujeito então respondeu algo assim : “Olha , meus carros passam diariamente várias vezes pela Magalhães Pinto . Então , se tem radar ali estão sujeitos a levar multas . Em compensação raramente passam pelo Caladinho. Então , o motorista de Ipatinga, Valadares e BH que pague as multas , afinal eles têm mais dinheiro que os fabricianenses”.
Os motoristas que estavam atrás não entenderam nada e estancaram. A dona entrou tranquilamente no posto e parou para abastecer , sem ser incomodada por uma viatura da Rotam, estacionada 100 metros a frente e cujos policiais , pelo visto faziam lanche e nada viram.
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