Quando acordou em Brasília (DF) na quarta-feira (13), Paulo Sérgio Ferreira, 38 anos, tinha uma determinação. Antes do almoço, ele subiu no mastro do pavilhão nacional, na Praça dos Três Poderes, e decidiu colocar fogo na bandeira brasileira. Uma ação extrema e determinista para chamar a atenção.
Apenas uma das pontas da bandeira pegou fogo. Depois de três horas, Paulo foi convencido pelos Bombeiros a descer do local. Ele deverá ser indiciado pela Polícia Federal por dano qualificado ao patrimônio da União.
Confuso, Paulo não falou por que subiu no mastro e incendiou a bandeira. Mas balbuceou que protestava contra o senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado. Depois, em entrevista ao vivo numa rede de televisão, disse que estava protestando pelo fato de seu CPF constar como o autor de uma ilegalidade que ele não cometeu. Mas não interessam os fins, mas os meios. Ação extremista é perigosa e pode colocar em risco a vida das pessoas.
Ed Ferreira/AE
Para o leitor Arlindo Orlando, o Pererê, a situação inusitada é um paradoxo. "O ex-deputado que construiu um castelo com dinheiro do povo que deveria ter ido para a saúde, educação e seguranca pública é absolvido pela justiça e vai ser vice-presidente de estatal. Aposto que o doido aí de Brasília vai ficar preso um bom tempo". Feche as cortinas.
Outro leitor lembra que a disparada sem explicação lógica dos preços dos combustiíveis (gasolina passou de R$ 3 o litro em algumas cidades) é mais do que suficiente para queimar a bandeira em praça pública e obrigar o governo a pôr ordem no galinheiro.
Por muito menos, ingleses, franceses, irlandeses e até argentinos quebram o pau. Já nós, brasileiros, aprendemos a ser cordeirinhos, achar que está tudo bem, curtir a cerveja a R$ 5 a garrafa, o sol maravilho, o vento no litoral ou nas montanhas, falar da vida dos outros nas pracinhas do interior, aceitamos pacíficamente toda sorte de bandalheira e ainda avaliamos o governo como ótimo ou excelente. Ora, pras favas então.
Deu na imprensa: "O governador Antonio Anastasia (PSDB) recuou da decisão de nomear dois 'fichas-sujas' para cargos no governo de Minas e exonerou, na tarde desta quinta-feira, o ex-deputado federal Edmar Moreira (PR-MG) e o ex-vereador Wellington Magalhães (PMN).
ResponderExcluirEdmar Moreira, mais conhecido como o ''deputado do castelo'', havia sido indicado pelo governador Antonio Anastasia (PSDB) para a vice-diretoria da Minas Gerais Participações S.A (MGI), empresa da administração indireta vinculada à Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais", Cruzes.
Anne.