O que se leva é muito pouco

Nesta quarta-feira (06/04/2011) sobrou para mim a redação de mais um obituário. Sempre é preciso levantar dados históricos da vida de personagens ilustres da vida política, econômica e social, quando eles se vão. Essa é uma tarefa ingrata, porque depois da morte, mesmo as pessoas que atormentaram a vida de políticos, profissionais, seja quem for, se arvoram a prestar homenagens e a fazer elogios ao "exemplo de vida" do falecido.

Ainda era criança quando João Lamego fora prefeito de Ipatinga. Também não estava por essas bandas e não  testemunhei  seus feitos, mas contam os que viveram aqueles tempos a existência em Ipatinga um grupo adversário que apurrinhou a vida do prefeito Lamego ao máximo que podiam. E ele venceu.

Ao fim, após tanta batalha o prefeito que jaz em um ataúde no salão de entrada da prefeitura levará um ou dois dias de manchetes na mídia e depois cairá no ostracismo, salvo alguns poucos que se lembrarão de suas obras e sua habilidade em lidar com falsos amigos, oposição sistemática e ouvir técnicos para o desenvolvimento de aguma coisa importante.

Por isso, ao fim do cumprimento da missão na terra, não resta outro balanço para a vida de um homem senão nascer, crescer, lutar por ideal, enfrentar os inimigos, cultivar amigos e ficar na lembrança de poucos, colher a gratidão de quem se consegue ajudar, morrer e voltar a ser pó.

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