Só pra variar

Foi divulgado pelo comunique-se o resultado do estudo "Impacto das Mídias", realizado pelo Instituto Máquina de Pesquisa. A pesquisa revela os veículos, jornalistas e blogs mais influentes na opinião dos executivos brasileiros. 

O levantamento ouviu 262 porta-vozes, de 94 empresas de atuações diversas, que juntas são responsáveis por um faturamento aproximado de R$ 497,98 bilhões, e mostrou que Folha de S.Paulo, CBN, G1, Exame e Jornal Nacional são os mais influentes na opinião dos executivos. Entre colunistas e blogs, se destacam Mônica Bergamo, Miriam Leitão e Ricardo Noblat.

Não vou nem entrar no mérito do conteúdo dos veículos que os executivos citaram na pesquisa, pois criticar o Partido da Imprensa Golpista é correr risco desnecessário de ser enquadrado pelos cães de guarda dele. 

Na visão dos executivos, a mídia impressa continua sendo a mais confiável, com 53,8% das indicações. Para eles, o que mais importa não são denúncias ou repercussão que o meio causa, mas o fato de tratar os assuntos com profundidade.

O resultado do estudo é curioso porque o público pesquisado também representa o extrato dos maiores investidores em mídia. Ou seja, são eles avaliando um produto que eles mesmos financiam. É imperioso que se ouça também o povo, aqueles que recebem o conteúdo da mídia que as grandes corporações financiam. Aposto que os resultados serão bastante diversos. 

Outra

A propósito de uma mensagem que recebi semana passada, enviada por uma amiga muito especial, passei horas a imaginar que conviver com alienados deve ser muito difícil para quem pensa sobre coisas complexas e encontra respostas e saídas equilibradas. Isso deve doer muito. 

Acredito nisso porque o pensamento racional precisa ser comparado. Os líderes de opinião não existem sozinhos no mundo. A maioria dos grandes pensadores da nossa história nos deixou seus legados após conversar com o povo ou debater com seus pares. 

Lembrei-me desse "drama" hoje quando revirava a cdteca em busca de um disco antigo, encontrei o álbum "B@rão Vermelho" e escutei a primeira interpretação da banda no CD "Só pra variar", de Raul Seixas, Kika Seixas e Cláudio Roberto. Há uma estrofe que diz: "É uma pena eu não ser burro, assim eu não sofria tanto". 

Comentários

Postar um comentário