O grotesco e o fino se misturam

É. Terei que reaprender. "Nunca antes na história" a futilidade teve tanto destaque. O grotesco é campeão de audiência na internet, os heróis morreram de overdose e a inversão dos papéis sociais é acatada como o normal. 


Um dos exemplos da semana é a "noticiabilidade" de uma jovem ipatinguense mergulhada no maior esculacho por postar na rede um vídeo pseudo clip musical. Mas pelo menos uma coisa a Lady Jackson, como ela se apresenta, mostra: não ha mais barreiras. Para nada. Se antes tínhamos vergonha do ridículo com os colegas de escola, do trabalho, com os vizinhos e até familiares, agora que o ridículo seja mostrado ao mundo todo, ao mesmo tempo. 


Chegamos ao fundo do poço quando descobrimos que um molecote de 16 anos ameaça retalhar o professor que lhe chama a atenção dentro da sala de aula e a diretoria recomenda ao professor que é melhor não arrumar encrenca.  Viva a desordem e a crise da autoridade. 


E, diante do caos não resta outra conclusão senão pensar que uma revolução vem pela frente.  

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