Ando preocupado

"O mundo está de pernas para o ar e Londres, literalmente, pega fogo. O que segue no lugar de sempre é a corrupção brasileira”, destacou em artigo da Folha de São Paulo nesta quarta-feira (10) o articulista Fernando de Barros e Silva. E está mesmo.

A parafrasear Lula, nunca antes na história se viu tanta confusão. A começar no mundo financeiro. Os europeus quebrando, os estadunidenses quebrados, os chilenos envoltos em manifestações e enquanto isso, o Brasil mergulhado na corrupção.
Foto: Carlos Vera/Reuters. Estudantes chilenos protestam contra a privatização da educação naquele país
No tradicional Bar do Cebolinha na noite de terça-feira, um botequeiro filosofava:  “É mais fácil o governo Dilma resistir à crise internacional do que resistir à corrupção arraigada em Brasília”.

por essas bandas do assoreado Rio Doce, um leitor das notícias sobre uma endiabrada adolescente de 16 anos, viciada em crack e com uma habilidade incomum em andar sobre telhados e escalar paredes para furtar casas e apartamentos na regional Iguaçu-Caçula-Panorama-Caravelas, apelidada de “Mulher-Aranha”, soltou o seguinte comentário:

“"O caso da mulher-aranha, que o jornal vem publicando é o mais refinado exemplo de falha das nossas instituições em resolver um problema social grave. Falham, o MP, a Justiça, a Polícia, a Sociedade. Nãoisenções nesse caso. O que se espera que aconteça com ela? Querem saber de uma coisa, as providências serão tomadas sim, quando alguém lhe ter um tiro e ela morrer. o Estado vai atuar eficientemente e aplicar o que diz a lei. assim que o Estado funciona. É o que temos visto", diz o leitor.

E por falar em mazelas, o caso da Mulher Aranha de Ipatinga é insignificante perto de uma quadrilha de adolescentes da Mooca, São Paulo, que se especializou em assaltar famílias orientais. Chineses, coreanos e japoneses são o principal alvo do bando.

Eles torturam os idosos para levar dinheiro. Descobriram que os orientais, geralmente comerciantes, têm hábito de guardar muito dinheiro em casa. Não satisfeitos da crueldade com que agem com os velhinos, eles filmam tudo, mostram o dinheiro, pacotes de dólares, joias de muito valor e sobre os fatos fazem letras de rap ou funk. Terminam sempre dizendo “A Mooca é nossa”.

Um delegado de polícia ouvido sobre o caso foi conclusivo. “Essa é a violência dos jovens criminosos desse tempo. Eles não conhecem a piedade e ignoram os valores humanos”.

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