Dose extra de memoriol

Como jornalista não resta outra saída a não ser agir como legalista e defender a probidade  com unhas e dentes. É uma coisa tão elementar e óbvia como respirar para viver.

Como também é muito óbvio a impossibilidade ou permissibilidade de fechar os olhos para a realidade. Fico pasmado ao encontrar pessoas convictas de que no Brasil só existe corrupção a partir de 2004.

Antes do "Molusco", os rombos no erário, os desvios, improbidades, subornos, superfaturamentos de obras, compra de votos e outras improbidades, simplesmente não existiram para um grupo seleto de brasileiros antes de 2004.

Pela discurseira deles agora, um estrangeiro desavisado poderia ser levado a pensar que nada disso existia e foi instituído somente agora, de hora para outra, e não uma doença crônica, originária desde que por aqui passaram os patrícios portuqueses, de quem nosso povo herdou o jeitinho e o espírito de levar vantagem em tudo.

Por isso, defendo a distribuição de doses cavalares de memoriol. Tem muita gente na baixada a precisar delas. Amigos esquecidos, não negligenciem a sua realidade. Tomem memoriol e sejam mais felizes. Isso evitaria que ficassem a repetir que nem papagaios uma verdade que não condiz com os fatos históricos. Associado ao memoriol receituo a leitura de "Mentira das Urnas", uma crônica que relata fatos desde JK até nossos dias.

Para terminar
Uma imagem captada do bing nesta terça-feira lembra que não há limites quando se tem vontade. Não há dificuldade que não possa ser vencida. Ainda que alguém olhe para isso e pergunte: "Mas o que ele está fazendo?".

Foto: Bing. Alpinista escala parede vertical do Verdon Gorge, na França - único grande canyon da Europa


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