O salário mínimo do trabalhador do País deveria ter sido de R$ 2.212,66 em julho para que ele suprisse suas necessidades básicas e da família. É o que diz estudo divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) nesta quinta-feira (4/8/2011).
A constatação foi feita por meio da utilização da Pesquisa Nacional da Cesta Básica do mês passado, realizada pela instituição em 17 capitais.
O valor é menor do que o apurado para junho, quando o mínimo necessário foi estimado em R$ 2.297,51 (4,22 vezes o piso em vigor). Em julho de 2010, o Dieese calculava o valor necessário em R$ 2.011,03, ou 3,94 vezes o mínimo então em vigor, de R$ 510.
A pesquisa é, no mínimo curiosa, porque entre os preceitos constitucionais (o salário mínimo deve ser suficiente para o trabalhador e sua família viverem com dignidade) e a prática dos salários pagos no Brasil ha um vago maior do que a distância entre os polos Norte e Sul.
No Brasil é um paradoxo ilógico. Enquanto são quebrados a cada ano os recordes dos lucros dos bancos, das teles, das financeiras, da indústria automotiva, da indústria de bens de capital, agropecuária e mineração, o trabalhador é escorraçado com uma mixaria mensal sobre a qual se escuta grande ladainha.
Foto: Alex Ferreira - Centro do Rio de Janeiro é exemplo do Brasil Rico |
Choradeira essa que vem lá do Brasil império, passou pelos séculos XIX e XX sem se importar com o "estado de bem estar social" e entrou pelo Século XXI enfrentando diferenças sociais gritantes. E sem previsão de solução.
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