Ô palavrinha indigesta!


Foi com enorme satisfação que dia desses ouvi o colega jornalista Bruno Jackson chegar da rua, após cobertura de um convênio entre o Atlético Mineiro e o Social Futebol Clube e dizer: 


- Lembrei-me de você na entrevista hoje, Alex
- Por que?
- Pessoal do Atlético pediu encarecidamente que os jornalistas não usem o termo “parceria” neste caso. 
- A é?
- Sim, dizem eles que o termo está desgastado. 
- Ah sei. 
- É, finalmente encontrei alguém que concorda com você.


Pois é, caro colega. Finalmente alguém tomou “simancol”. Há tempos afirmo aos colegas de redação que este termo parceria, de tão desgastado, virou sinônimo de falcatrua, maracutaia, cartel, panela, quadrilha, qualquer coisa negativa, menos uma coisa boa, positiva ou proativa.

As Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público e Social (Oscips), uma inovação pós Lei de Responsabilidade Fiscal no Brasil, trataram de sepultar de vez o pouco que restava de credibilidade em torno do termo, ao firmar ao léu os tais “termos de parceria”, por meio do qual se permitiu acesso às fartas veias dos cofres públicos. 

Em nome de “parcerias” permite-se todo tipo de engodo, inclusive o engano da fé pública. E tinha que vir logo do meio futebolístico a luz vermelha para esse termo. 
Imagem da web. Parceiros surdos, cegos e mudos

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