A pior notícia que um jornalista escreve


Não deveríamos ter que escrever sobre a morte de amigos. Toda morte incomoda a um jornalista (para fins de esclarecimento de dúvidas, considero jornalista quem plantou os glúteos em banco de faculdade de comunicação e procurou aprender sobre a comunicação). 

Mas o fato é que escrever sobre quem se conhece bem, e com quem se conviveu longos anos, é sempre uma tarefa árdua. 

Que descanse em paz o amigo Paulo Cézar Sobreira, com quem convivi anos no rádio e dividi momentos de harmonia, preocupação com a família, com a política, com o trabalho  e ... com o sabor da culinária mineira.

A propósito da valorização da comunicação, Paulo Sobreira foi um incentivador de minha busca pela formação acadêmica em Jornalismo. “Ferreira, você não pode continuar a ser um jornalista pé de cachorro, que faz uma coisa sem conhecer os meandros, sem conhecer sua ciência, suas teorias. Vá fazer um curso superior”, ele repetia sempre na minha orelha. 

E eu, que pensava que sabia muito, descobri na faculdade que sabia pouco e tive que estudar bem mais para continuar a ser jornalista. Obrigado ao amigo que se foi, pelo incentivo.  
Aqui: Paulo Sobreira (centro) com o amigo Mário Teodoro (à  direita)  no The Cavas, distrito de Cava Grande - Marliéria


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