Agravantes


Ao fazer a revisão da matéria "Novos, frios, violentos e implacáveis", da jornalista Silvia Miranda, pensava sobre a gravidade da situação em que estão os jovens que mergulham na epidemia de crack. 

E do quanto o Estado é ineficaz em fazer parar o comércio da droga, que entra pelas fronteiras tortas desse país, assim como entram outras drogas, menos populares e destrutivas do que o subproduto da cocaína.

Foto: Marcello Casal - Agência Brasil
Lembrei-me das epidemias anteriores, da cola de sapateiro, de tinner, e outras porcarias. Parece que o removedor era o pernúncio da demanda de mercado por uma droga forte, barata e destrutiva, especialmente voltada para a baixa renda, mas com ascensão também na classe média. E veio o crack e tomou todos esses mercados, deixando a conta para o contribuinte pagar. 

Nesta quarta-feira o governo anuncia um tal plano de enfrentamento chamado “ Conte com a Gente”,  que prevê investimentos de R$ 4 bilhões até 2014. O mais engraçado foi ler que o plano prevê destinação de leitos hospitalares específicos para os viciados. Ora, a rede pública não dá conta nem dos doentes convencionais. 

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