No mato, sem estradas


Tentei trafegar esta semana pela MG-760 entre Timóteo e Dionísio. Impossível. A estrada tem um buraco a cada metro quadrado, o que a torna intransitável nesse período chuvoso. 

O trecho entre Timóteo e o entroncamento com a BR-262 (São José do Goiabal) interliga três regiões importantes, o industrializado Vale do Aço e a Zona da Mata e região do Médio Piracaba, ambas semi-idustrializadas e com forte produção agropecuária, que abastece o Vale do Aço.

Mas parece que os governantes de Minas não estudam geografia ou a geografia política dessas três regiões é um fracasso, porque três décadas se passaram desde que anunciada a obra e até agora ela não saiu do papel.

A saída então foi subir os 900 metros de altitude do Pico Jacroá, passar pelas planícies do deserto verde de eucalipto de Conceição de Minas para chegar a Dionísio, onde tinha trabalho a fazer. Uma viagem que deveria durar 45 minutos durou penadas 2 horas e meia.
Píncaros do Jacroá: Essa obra (Estrada-Parque Dom Helvécio), segundo o governo, é uma obra ecológica
No meio do caminho descubro que a obra de construção da supostamente ecológica “Estrada-Parque Dom Helvécio”, via Jacroá, ao custo de R$ 25 milhões, realizada a título de compensação por danos ambientais em outras do governo estadual em outras partes de Minas, provocou danos ambientais gigantescos na serra. E a obra está parada por causa do período chuvoso.  Ou seja, estamos no mato sem estrada. 

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