Tragam a Telemig de volta

Imagem: Museu do Telefóno - estamos de volta ao passado nas telecomunicações
Quem seria o infeliz, que teve a idéia de robotizar o atendimento da central da Oi? Você está sem sinal de internet, liga e conversa com um robô, tem problemas na linha telefônica, liga e fala com um robô. Só depois de uma via-sacra telefônico consegue falar com um atendente. E o problema não é solucionado.

- Anote o protocolo, senhor?

Preferia na época da Telemig em que só existia o auxílio à lista e o suporte de serviços.

E os protocolos que eles acreditam que nós anotamos? Tem mais número do que chassi de carro importado. Nem quem tem memória de elefante consegue gravar e anotar tanto.

- Anote o protocolo, senhor?

Por fim, dentro mais alguns minutos vou ao Procon denunciar a Oi por descumprimento da lei que determina pronto atendimento no “call Center” (detestável, deplorável e desnecessária essa mania de colocar tudo em inglês).

Deve ser porque “central de atendimento”, ou “central de chamadas” são incompreensíveis? Ou será que é macaquice mesmo? Porque salão de entrada da prefeitura, da câmara, do shopping não é “salão de entrada”, mas “hall”? Ora, pros infernos com esse estrangeirismo e a robotização.

Será que dá para confiar na Agência Nacional de Telecomunicações? Afinal, é o braço do governo para regular o funcionamento dos serviços concedidos para a iniciativa privada. Parece que os serviços estão mesmo numa grande e fedorenta privada.

E é triste saber que enquanto sofremos para resolver ruídos em uma comunicação de dados em 2Mbs, lemos nessa reportagem que a Argentina se tornará o primeiro país sul-americano a contar com conexões de internet a cabo de 100 Gbps

- Anote o protocolo, senhor?

Viva o pragmatismo, a solução dos óbices, abaixo os espíritos de estorvo que povoam nosso redor.

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