Um novo tempo, apesar dos castigos

E chega o fim do ano. Ainda bem que, como muito bem disse Carlos Drummond de Andrade, "O último dia do ano não é o último dia do tempo. Outros dias virão".

Se me perguntarem o que mais marcou o ano, profissionalmente responderia que foi a perda do leitor, ouvinte, telespectador, duramente atingido no seu direito de ser informado. Graças à ação de uns assessorezinhos, que preferem censurar ao invés de responder questões que aflingem a população.

Mas esse é um assunto menor. Afinal, liberdade de expressão nesses rincões é e sempre foi uma utopia. Haja espaço para tanta enganação, ou tentativa de engação da opinião, porque outra marca desse ano foi a redução dos espaços midiáticos convencionais e a ampliação dos espaços das redes sociais, consolidando esse meio como um recurso alternativo para a dessiminação da informação, livre dos tentáculos do poder econômico dos grupos.

Mas de tanto navegar nas brechas do poder, chutes nas traves e alguns minguados gols, vencemos o ano. As cicatrizes não sofrerão o ardor com a água do Oceano. É hora de parar um pouco, respitar fundo, contar até 15 (dias), desligar-se do mundo noticioso e renovar as energias para mais um ano.

Estou grato pelos amigos que aqui vieram, leram os artigos, criticaram, xingaram, sugeriram e corrigiram. Dia 15 de janeiro volto com boas novas. Para concluir, vamos ouvir Ivan Lins?


Comentários