Aberta a temporada de baixarias


Um panfleto apócrifo, distribuído na calada da madrugada desta quarta-feira, abriu oficialmente a temporada de baixarias politiqueiras em Ipatinga.

Interessante que o período eleitoral, um momento chamado pelos seus atores de democrático, seja justamente o momento em que o sujo fala do mal lavado e o eleitor vira refém de um jogo baixo pelo poder. 

O curioso no primeiro panfleto difamatório dessa temporada, é que ele coloca em um mesmo balaio uma turma de políticos que se une para o enfrentamento como PT.  E contra cada um especifica seus atos condenatórios. 

Dizem nos bastidores os “especialistas” e “analistas” do quadro eleitoral local, que a polarização neste caso daria a vitória à oposição ao PT, que não consegue ampliar os cerca de 38% de votos dos seus simpatizantes ou adeptos. 

Esquecem os autores do panfleto que a recíproca é verdadeira. Os apoiadores dos outros grupos políticos estão no mesmo balaio de acusações processos e suspeitas de má malversação da coisa pública.  Um panfleto no mesmo teor poderia ser redigido, trocando-se apenas nomes e datas. A sujeira é a mesma.

Como disse o pivô do episódio conhecido como Escândalo do Mensalão (pagamento de propina do governo Lula para que deputados votassem favoráveis em assuntos de seu interesse), “não há virgem no bordel”. 

Faltam atores novos no teatro da política local e as figuras repetidas desse enredo de dar dó aos eleitores em 2012 não têm como esconder o seu passado. 
Por via das dúvidas, nestes meses que antecedem o período eleitoral seria interessante que nós, eleitores, profissionais ou os apoiadores lessem ou relessem "A mentira das Urnas", de Maurício Dias.


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