A educação no século XXI pede socorro

Dia desses procurávamos respostas, em vão, sobre os motivos que levaram à crise no sistema educacional. 

A conclusão é que a mudança na relação professor=poder x aluno=direito, com o fim da autoridade absoluta do educador na sala de aula, a situação caminhou para a degradação até chegar aos dias de hoje, em que professores são ameaçados, agredidos e coagidos. Então chega por e-mail a imagem a seguir, que traduz muito da crise:

Mas não para por aqui. O fim da autoridade pedagógica na sala de aula envolve questões muito mais complexas. Os meios que levaram a essa crise não podem ser explicados de forma reducionista. 

Entretanto, os efeitos práticos vêm de diversas formas, desde os tapas na cara, dados por uma estudante do primeiro ano do Ensino Médio em uma escola pública de Coronel Fabriciano, que rodaram o mundo no Youtube, até casos objetivos como um comentário que escutei na manhã desta sexta-feira, no rádio. 

Disse um comentarista que estava boquiaberto com a história contada por um professor, amigo dele. O educador foi lecionar para uma turma de Publicidade e Propaganda e pediu aos estudantes que escrevessem sobre o que sabiam a respeito da propaganda de Mussolini e Adolf Hitler na Segunda Guerra Mundial. A maioria dos alunos não sabia quem eram os dois personagens sobre os quais deveriam discorrer.

Para mim não é surpresa. O editor chefe do jornal em que trabalho, João Senna, foi testemunha ocular de um episódio em que numa entrevista sobre o mercado siderúrgico uma jornalista não sabia o que era o "milagre econômico brasileiro", feito histórico da década de 1970 quando o Brasil recebeu grandes investimentos em infraestrutura, indústrias e sobrepôs o crescimento até de países ricos. Detalhe: esse é um dos temas recorrentes da disciplina de Economia, no curso de Jornalismo.