Está tudo muito esquisito


Foi uma semana que parecia não ter fim, diziam colegas na redação. É impossível não perceber quando fatos absolutamente previsíveis, e preveníveis, saltam para a realidade e incomoda, atrapalham, tiram a vida das pessoas e empresas da ordem normal. Inoperância? Descaso? Negligência? Pessoas inaptas no comando? As explicações podem ser várias.

Mas incomodam também quando o crime começa a executar pessoas, aos pares, enquanto três viaturas policiais (inclusive uma dos bombeiros) e até um helicóptero são empregados durante toda uma manhã e começo de tarde de sexta-feira, com uma pantomima futebolística, como o foi o caso do malabarista Ricardinho das embaixadinhas, que percorreu de Fabriciano a Ipatinga, fazendo embaixadas. Disseram que era para defender Ipatinga como uma das cidades-sede de centro de treinamento da Copa de 2014.

É de tirar o sono quando uma autoridade reúne a imprensa para anunciar que outra autoridade é corrupta e montou um “propinoduto” para fazer caixa antes de se aposentar, aglutinando forças com outras autoridades para que o esquema funcione, arregimentando e ludibriando até colegas de imprensa numa farsa sem limite, cujo fim era a vingança contra outra autoridade que um dia “estragou” um pagamento de propina.

Mas dizia em uma conversa com o amigo Luiz Omar, na Rádio Globo Ipatinga, a quem considero um dos meus professores do tempo de rádio, que as crises são importantes. Elas colocam à prova nossa capacidade de encontrar saídas e superação. Facilidades acomodam o espírito criativo.

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