Um dia pensei em ser professor

Sábia decisão a que tomei há alguns anos, quando queriam me fazer acreditar que poderia atuar no magistério. Talvez essa seja uma das profissões mais admiráveis. 


Mas a nossa cultura, além de querer reinventar a roda ao tentar matar a cultura oral, e na oralidade está a base do trabalho de um professor, ainda valoriza pouco os professores. E somam-se a isso outros fatores, muito bem resumidos nessa charge do Duke: 

Que bom ser do tempo em que chamava de "senhora" minha charmosa e serena professora de língua portuguesa, Maria da Glória,  ou mesmo a atraente professora de biologia Elaine. 

Ainda me lembro da Vivaldina. Com sua braveza, que me fez concluir rapidamente uma cartilha. 

Mas também tinha a singeleza da professora Milca, que me enxergava com óculos na ponta do nariz, atrás dos quais eu via sempre dois olhos críticos a fitar minha caligrafia torta e descuidada.

Ainda seria preciso lembrar da sapiência do Adênio (Ciências), a presteza do professor Antônio (Matemática) e o José Maria (Língua Estrangeira). São muitos outros. Todos ao seu tempo, com suas soluções, defeitos  e cobranças, mas respeitados. Coisa que parece ser uma raridade nos dias atuais. 

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