Trevas ao meio-dia


A revista Carta Capital deste fim de semana joga luz sobre o nefasto antro da mídia nacional. Fala da grande mídia, o que é raro no País, mas os conceitos, principalmente do artigo do editor-chefe Mino Carta poderiam muito bem ser aplicados à mídia no Vale do Aço. 

"Por que a mídia nativa fecha-se em copas diante das relações entre Carlinhos Cachoeira e a revista Veja? O que a induz ao silêncio? O espírito de corpo? Não é o que acontece nos países onde o jornalismo não se confunde com o poder e em vez de servir a este serve ao seu público. Ali os órgãos midiáticos estão atentos aos deslizes deste ou daquele entre seus pares e não hesitam em denunciar a traição aos valores indispensáveis à prática do jornalismo".

Ao ler a introdução desse artigo lembrei-me, inevitavelmente, da prática que se tornou comum nos últimos anos no Vale do Aço, em que ao iniciar a apuração de fatos, ao invés de respostas a questionamentos alguns jornalistas ganham uma ligação de alguém dentro das instituições (privadas, públicas, não governamentais, de ditos interesses sociais ou de lá mais onde) com um belo cala-boca.

Essa é uma situação atípica, em que as relações perpassam até as funções das assessorias de comunicação e  a ética jornalística. Decididamente é uma crise. A reação a esse statu quo foi o surgimento de distorções. Inclusive a de matérias jornalísticas de uma versão só. 

Mas vale a pena ler na íntegra o artigo "Trevas ao meio dia". Veja a que ponto chegamos.   


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