Permanece difícil a tarefa diária de escutar o horário eleitoral gratuito. Neste sábado, dia de veiculação da propaganda dos candidatos a vereador, a todo momento apareciam "pastores", outro cita a desgastada célebre frase de Martin Luther King "o silêncio dos bons".
Perto dos ideais de Martin, a deturpação de sentido de suas palavras devem fazer seus restos mortais - ou cinzas - revirarem-se a todo momento. E tem agora os candidatos "coroneis", seria saudade dos tempos de chumbo esse negócio de "coronel" pra qui, "coronel" pra lá?. Sei não.
"Mais saúde, mais educação, meio ambiente e lazer, defender os interesses dos moradores, participação popular, cidade mais justa e representante do povo". Com esses termos, trocados de ordem a todo o momento, resume-se o conteúdo do horário eleitoral gratuito.
Bom mesmo é escutar alguns candidatos dizerem "númro" ao invés de número. E "dáblo", ao invés de "dáblio". Para fechar o buteco, ouço o Zé Vassoura, a Neura Beleuza e um tal de Cachorrão. Desligo o rádio.
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