É hora de usar o protetor auricular

Depois de proibir a propaganda eleitoral em outdoors (infestando os horizontes das nossas cidades), árvores, pedras à beira das estradas e equipamentos públicos, a Justiça Eleitoral tinha que tirar das ruas a propaganda volante. 

Não é possível, em cidades industriais, como Ipatinga e Timóteo, aceitar como normal a propaganda eleitoral veiculada em carros de som, com volume aberto no máximo, gerando um incômodo acústico nas primeiras horas da manhã, na sagrada hora do almoço e no fim da tarde. 

E este ano agregaram à incômoda receita os ritmos musicais detestáveis do momento, defecados por quem acredita que veiculando pelas ruas as aberrações de campanha (recuso propositalmente usar o termo jingle ou mesmo música) vai atrair a atenção e o gosto do eleitor por seus candidatos.   

Eu me lembro que há algum tempo um amigo disse que tinha adotado como norma não comprar nos estabelecimentos comerciais que promovem poluição sonora com a propaganda volante. E agora parece que o critério para a escolha de candidatos também será esse, muito bem abordado na charge do Edra, que circula hoje nas redes sociais: 
Não bastasse a qualidade duvidosa dos arranjos sonoros, digo, poluentes sonoros, os operadores dos carros também contribuem para a degradação. Sem equalizar graves e agudos e sem ter noção dos limites dos autofalantes "abrem" o volume e distorcem o som. 

Controle de equipamento de áudio não é botão de fogão a gás, mas parece que a maioria dos condutores de carros de propaganda volante não sabe disso.  Ora, tenham dó dos meus tímpanos e dos eleitores.

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