“Quando
um catedrático foi presidente da República foi uma grande palhaçada. Agora um
palhaço é deputado e mostra seriedade”. Assim reagiu uma leitora diante da
notícia intitulada “Tiririca é eleito um dos melhores parlamentares do Brasil”.
Trata-se
de um texto em que o palhaço-deputado Tiririca (PR-SP) aparece com um
desempenho acima do esperado e superior ao de muitos de seus colegas com mais
anos de Casa, “o segundo parlamentar mais votado da história da nação foi
indicado como um dos 25 melhores deputados do ano pelos jornalistas que cobrem
o Congresso”.
Ocorre
que na avaliação pesou a presença constante do parlamentar às sessões, mesmo as
facultativas. Projetos apresentados? Apenas um que beneficia trabalhadores de
circos.
“Para
mim, só de estar na lista é uma vitória. Não sou político, estou político. É
uma diferença grande. Estou bem pra caramba. E o mais importante: sem deixar de
ser eu mesmo aqui”, contou o palhaço ao site do Congresso em Foco.
Cá nos
rincões lembro-me bem de algumas figuras ilustres que já povoaram as câmaras,
com desempenho pífio para a população: pintor, divulgador de propaganda volante
em bicicleta, pedreiro, metalúrgico, boleiro, panificador, dono de projeto
social e até boiadeiro. Tanto em Brasília quanto aqui, uma sutil constatação, os palhaços somos nós.
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