O ouvido é a vítima

Imagine um carro com som de porta malas. Distorcido. Sem controle de volume e equilíbrio de graves, agudos e médios. Imaginou a poluição que causa?

Agora imagine uns dez carros de som desregulados a circular pelo seu bairro o dia todo, a divulgar a campanha de diversos vereadores e prefeito?. 

Hoje foi um dia de cão, no bairro Caravelas, que sedia na noite desta terça-feira o comício de uma das candidatas à Prefeitura de Ipatinga. Trouxeram a sucursal do inferno para cá. 

Não bastassem os plágios vomitados dos ritmos sonoros do momento, agora importaram também outro monstrengo. Ao invés de “buzinou é 23”, da campanha do fracassado prefeito prestes a deixar a cadeira palaciana, agora adaptaram para “buzinou é 13”. Aí já é demais.

Nunca tinha visto um 7 de outubro tão demorado. Quero mais é que cheguem as 22h deste arrastado domingo, com o resultado na mão e silêncio de volta às ruas.

Especialistas 

Mais bacana ainda é ouvir teses sobre quem não se deu bem na campanha. É muita “sabiduria” minha gente, diria o impagável João Matuto, homem que não confiava nem na própria sombra, pois temia ser traiçoeirado por ela. Sabedoria que não serviu para nada, além de chacotável e caçapante derrota. Vai ser marqueteiro e estrategista assim lá em Boca do Acre.

Mais uma pérola. Um candidato a vereador ligado a uma entidade de classe em Ipatinga está prestes a ser impugnado acusado de usar a máquina da entidade na promoção pessoal para alavancar sua campanha.

Troféu óleo de peroba

É muita cara de pau. Nas barbas da justiça, da Lei da Ficha Limpa e da fiscalização acirrada dos adversários da “idade melhor”, o caboclo promove uma sanfonada regada a cerveja e churrasco de primeira, no meio de uma campanha eleitoral. Dura lex sed lex nele, magistrado!

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