Politicamente escorreito



Sensacional a charge do conterrâneo Quinho. Essa releitura de Monteiro Lobato sempre dá o que falar.  Acho incrível essa ideia de relacionar a obra de monteiro lobato à discussão sobre racismo no Brasil. 

Quando criança lia o autor e adorava Sítio do Pica Pau Amarelo. Não me lembro, nunca, de ter me apropriado de qualquer sentimento racista, influenciado por quaiquer de suas obras. Adorava os personagens, que me povoavam o imaginário.    

Pois agora, vejo boquiaberto as ações propostas no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo Instituto de Advocacia Racial e Ambiental (Iara) e pelo técnico em gestão educacional Antônio Gomes da Costa Neto, em que argumentam ser a obra As caçadas de Pedrinho um produto literário de conteúdo racista.

Ainda bem que o Ministério da Educação e Cultura, baseado em parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE), entende que uma nota explicativa nas edições futuras é instrumento suficiente para contextualizar a obra.

Reunião realizada, em Brasília, proposta pelo ministro Luiz Fux, do STF, com representantes de movimentos de combate ao racismo, os secretários do MEC de educação básica, Cesar Callegari, e de educação continuada, alfabetização, diversidade e inclusão, Cláudia Dutra, defenderam o valor literário da obra de Lobato. Para Callegari, o acesso à informação científica e cultural deve ser preservado.

- O MEC defende a plena liberdade de ideias e o acesso dos estudantes a produções culturais e científicas com a mediação de um professor, afirmou (agências).

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