Aos dedicados, a glória


Numa conversa filosófica de boteco, neste fim de semana, algumas considerações sobre a posse do novo ministro do Supremo Tribunal Federal, ocorrida no dia 22.

Quem supôs que a solenidade teria um ar de “primeiro negro a assumir o órgão máximo da Justiça brasileira”, deu com a cara no muro.

Este discurso é amplamente utilizado por alguns “pensadores”, mas, na prática, só tem efeito contrário, por fazer parecer que se trata de algo realmente anormal, quando na verdade não é. 

O presidente chegou ao posto por mérito próprio, como qualquer outro chegaria. Vincular isso à cor da cútis seria reduzir a importância de seu esforço pessoal para estar lá. 

Todos os textos da solenidade trataram a presidente Dilma Rousseff como “presidente”, tal qual reza a boa língua portuguesa e não como “presidenta”, como ela gosta.


Por fim, a posse do Joaquim Barbosa, de origem pobre no município de Paracatu, longínquo Noroeste mineiro, corrige uma distorção de interpretação sobre as condições para se chegar ao poder.

É que nos últimos anos ganhou força uma ideia de que não se precisa estudar com afinco para se dar bem. O caso do novo ministro mostra o contrário. Ele só saiu da poeira, tirou o pé da lama porque estudou muito.

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