Acredito que as pessoas estejam realmente a ficar surdas. É
impressionante o volume de som que as pessoas têm usado no carro, nos aparelhos
em casa e nos televisores.
Dia destes cheguei ao restaurante Encantado, no bairro
Veneza, em Ipatinga. O primeiro salão estava com apenas duas mesas ocupadas. A
que eu ocupei, com uma fonte para uma entrevista, foi a terceira.
Em menos de um minuto chegamos à conclusão, que, mesmo do
lado oposto de onde estava a televisão, era impossível conversar normalmente.
Chamamos uma garçonete e pedimos que abaixasse o som da TV.
Com cara de poucos amigos saiu e voltou com o controle remoto. Baixou do nível
32 (pasmem) para o 16 e ainda ficou alto.
“Alex, deveríamos ouvir equipamentos eletrônicos no volume 6”,
disse a minha fonte, do alto de seus 65 anos de experiência.
E é isso. Ouvimos som cada vez mais alto, perdemos audição e
passamos a falar mais alto. A bem da verdade, alguns já falam alto porque
gostam de ser o centro das atenções. Ou porque são mal educados. Irritam
qualquer um. Corro léguas de gente assim. E corro léguas de som alto.
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