Galinheiro

O considerado professor de Direito aplicado ao Jornalismo, Breno Inácio, afirmava em suas preleções que, a maioria dos brasileiros, se tiver oportunidade, pega uma galinha branca, pinta de pardo e vende como autêntica galinha caipira.



Deveras. Veja que numa tarde de sexta-feira, na fila para pagar o IPVA, já que não consegui pagar no internet banking em dois bancos, chega uma mulher, entra na fila imediatamente, observa, reclama da demora, sai e volta com uma criança de colo para reivindicar o direito do atendimento preferencial.



Foto: Wôlmer Ezequiel - Galinha D'Angola de gravata e botas, solta em solenidade política em Belo Oriente

E aproveitador tem por todo lado. Como consequencia das faculdades de direito que se abrem feito botecos, tem filas de advogados doidos para conseguir algum caraminguá.



Um grupo especializou-se em dedicar leitura atenda dos jornais diários. Não para se informarem e provocarem alguma mudança social, que é o propósito de uma notícia. Eles buscam alguma brecha que possa fomentar algum processo por dano moral.



Quando encontram algo, logo procuram a suposta vítima e combinam a partilha de uma possível indenização. Para isso já têm petições pré-elaboradas e só preenchem os dados relativos ao caso específico e, no mesmo dia da publicação entram nas filas nos tribunais.



Feito galinhas brancas pintadas de caipiras, enganam os seus clientes, que iludidos esperam amealhar algum dinheiro. Ainda bem que a maioria dos juízes não cacareja e martela na ordem certa.



Haja paciência. Ainda bem que janeiro é mês de férias. O telefone ficará abandonado, a internet também e que venha a felicidade.

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