Melhor do que ser analfabeto

Boa coisa essa de democracia em que o cidadão pode escrever, principalmente nas redes sociais, o que pensa. Inclusive mentir para si mesmo. É por esse direito que a blogueira Yoani Sánchez luta para os cubanos?

Adoro isso, de jornalista que senta os glúteos em cadeiras mantidas com polpudos salários oriundos do orçamento irrigado com o suado dinheiro do contribuinte e começa a falar asneiras. 

Até passa a fazer pose de ético sem tê-lo sido quando estava do outro lado do balcão. Fácil demais, não? O amigo Luiz Omar chamava isso de “subir em caixa de fósforos para fazer discurso que agrada a todos”. 

Pelo andar da carruagem em Ipatinga têm faltado caixas de fósforos. A bem da verdade, muitas sobraram daqueles que mudaram de lado com o resultado das eleições passadas.

Mas, enfim, é melhor ler determinadas coisas do que ser analfabeto. Ainda pode-se aproveitar para rir do bobo que bate palmas para índio dançar ou que, sozinho na plateia, aplaude o picadeiro vazio. 


O mais curioso é ver que sempre o acomodado - temporário, diga-se - é obrigado  a levantar-se do palanque mantido pelo contribuinte e, com o pires na mão, mendigar algum espaço para defender seu status quo. Isso deve ser muito mais frustrante do que o papel que cumprem - conscientes da realidade - os colegas acusados de fazer um péssimo jornalismo, determinado pelos seus empregadores. 

É preciso acordar para a realidade, do estômago que ronca, do tempo que não para, das coisas que mudam rapidamente e, principalmente, das próprias costas cobertas por fina camada de vidro. 

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