Eu produzo, tu copias

Ficou “fácil demais” manter uma página noticiosa na rede. O sujeito se ocupa pessoalmente de sair colecionando o fruto do trabalho dos outros e republica tudo? Sem ao menos ligar e combinar uma troca sequer?, uma, digamos, “parceria”? Nem um obrigado em troca?

Citar a fonte virou sinônimo de pagamento pelo trabalho alheio. Mas não é. Citação não é pagamento moral nem material. É cara de pau mesmo. 


Então é isso, poucos produzem e todos retransmitem. Até os erros originalmente publicados são retransmitidos. É bom para quem gosta de manipular e plantar opiniões que lhe interessam.

É péssimo para quem passou horas e horas de apuração e, de um dia para outro, vê sua obra multiplicada aos milhares de cópias, muitas das quais sequer com a assinatura. 


Neste contexto, a conjugação do verbo da terceira conjugação “produzir”, ganhou uma derivação incomum. No presente fica assim: “Eu produzo”, “tu copias”. Parece engraçado, mas não é. 

Comentários

  1. Ora, ora! Se até os trombadões que assaltam os cofres públicos ficam impunes "nestepaís", o que fazer com esses folgadões que usurpam o trabalho alheio a um simples clique? Eles sabem muito bem a cafagestagem que estão aprontando, mas se fingem de éguas. No fundo, sabem que uma malufada a mais ou a menos "faz parte" do jeitinho brasileiro de vencer na vida sem fazer força. Assim, que oficializem a bolsa ControlC/ControlV...

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  2. Pois é, caro leitor "anônimo". O fato de os colegas não terem descoberto, ainda, o caminho dos tribunais para exigir polpudas indenizações só faz disseminar essa sanha dos "malufeiros" ou "mensaleiros" do trabalho alheio.

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