“Sou amigo e Platão, mas gosto mais da verdade”. A frase dita pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da ALMG, Durval Ângelo, é digna de reflexão.
Era a abertura de um pronunciamento do parlamentar contra a decisão da Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis), cujos representantes vieram ao Vale do Aço manifestar repúdio aos ataques feitos contra juízes do Vale do Aço, em especial os da Vara Criminal de Ipatinga, que, na opinião do deputado foram, no mínimo omissos diante dos pedidos de prisão de policiais criminosos que agiam no Vale do Aço.
E a nota foi publicada no mesmo dia em que a chefia da PC publica no Diário Oficial Minas Gerais a relação de oito policiais do Vale do Aço, transferidos - ou removidos - para outras delegacias da PC.
A justificativa que encima a maioria das decisões é emblemática: “Tendo em vista proposição da Corregedoria Geral de Polícia Civil, e Chefia do 12º Departamento de Polícia Civil, ratificada pela Superintendência de Investigações e Polícia Judiciária, com base no Inquérito Policial nº 179 .646/2012, visando apurar ilícitos penais e funcionais, praticados contra a Administração Pública, Resolve, no interesse do serviço policial e por conveniência da disciplina, remover ex officio..”
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| Foto: Wôlmer Ezequiel - Entrevista da chefia da PC no Vale do Aço para anunciar medidas para investigar crimes impunes na região |
Remover ex officio, ou seja, por dever de ofício, é o que tem ocorrido com todos os policiais denunciados e investigados pelos crimes impunes no Vale do Aço e que eram denunciados pelo repórter, ex-colega de Rede Itatiaia, Rodrigo Neto. Resolveu alguma coisa, senhor? Resolveu nada. As mortes continuaram até chegar ao próprio denunciante.
E de falácia em falácia, vemos nos arquivos fotográficos do jornal, que tanto o chefe do DHPP, Wagner Pinto, quando o atual chefe do 12º DPC, subcorregedor de polícia, Elder D´Angelo, já estiveram na região em épocas passadas, investigando justamente os crimes impunes da região.
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