À beira da convulsão

O Brasil é o sétimo país mais rico do mundo. Dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), em 2012, indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil ficou em US$ 2,396 trilhões em 2012 – US$ 44,5 bilhões abaixo dos US$ 2,44 trilhões do Reino Unido.

Apesar disso, está entre os países com a pior distribuição de renda entre os 20 mais ricos do planeta. Também em "contrapartida" possui uma das maiores cargas tributárias do planeta. Até as 21h de 18/06  a estimativa era que R$ 721,7 bilhões em impostos foram recolhidos aos cofres públicos.

Infraestrutura ineficiente, hospitais que não atendem demandas, escolas que não funcionam e um sistema penal falho, que assegura impunidade para criminosos que vão dos adolescentes aos bandidos de colarinho branco, complementam o quadro da realidade em um país injusto com seus cidadãos.

Ademais, os representantes do povo nos poderes da República são eleitos, não por merecimento, mas na maioria dos casos, por compra de votos. 

O país tenta encontrar caminhos, como o aperto das suas leis. A mais recente delas, chamada de Lei da Ficha Limpa tenta afastar da vida pública pessoas que já passaram por cargos públicos e eletivos e não foram probos. Tem funcionado, apenas em partes. 

Portanto, não é de se estranhar que, num quadro destes, uma nação entre em colapso. Se os mandatários, desde os níveis mais primários da administração pública, passando pelos intermediários até a presidência da República não entenderem o recado das ruas, o país vai parar. 

Foto: Flávio Tavares / Jornal Hoje em Dia - Estimativa de 20 mil nas ruas da capital mineira na segunda-feira, 17 de junho de 2013

Foto: Flávio Tavares / Jornal Hoje em Dia - tentativa de chegar ao Mineirão terminou em confronto com a PM mineira



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