O comitê Rodrigo Neto anunciou nesta quinta-feira, 6, a
retomada das atividades, para exigir a apuração do assassinato do repórter
Rodrigo Neto de Faria, de 38 anos, morto a tiros por dois motoqueiros na
madrugada de 8 de março, na avenida Selim José de Sales.
Um ato público, novas reportagens e uma audiência pública
com a presença de autoridades, estão entre as iniciativas a serem desencadeadas
nos próximos dias.
Um dos atos já confirmados é um protesto, na próxima terça-feira (11/06), às 19h, no canteiro central da avenida Selim José de Sales, bairro Canaã, próximo ao Churrasquinho do Baiano, local onde Rodrigo Neto foi assassinado a tiros.
Passados 92 dias da morte de Rodrigo Neto, o comitê avalia
como desdobramentos do caso, a morte do fotógrafo Walgney Carvalho, executado a
tiros no dia 14 de abril, em circunstâncias que para muitas pessoas foi uma queima
de arquivo do Caso Rodrigo Neto.
Um dos atos já confirmados é um protesto, na próxima terça-feira (11/06), às 19h, no canteiro central da avenida Selim José de Sales, bairro Canaã, próximo ao Churrasquinho do Baiano, local onde Rodrigo Neto foi assassinado a tiros.
Como consequência do escândalo, o envio de uma força-tarefa
até resultou na prisão de sete policiais, seis civis e um militar, suspeitos de
envolvimento com crimes anteriores, um grupo de oito policiais foi transferido
e, mais recentemente, policiais suspeitos de envolvimento em atos de corrupção
começaram a ser denunciados ao Ministério Público. Três já indiciados pela
Corregedoria da PC, foram denunciados pelo MP à Justiça de Ipatinga.
Outro, transferido de Coronel Fabriciano para Nova Lima, e
que já está preso, acaba de ser denunciado pelo MP ao Judiciário fabricianense
por apropriação de R$ 6.300 de um rapaz, preso pela PM por suspeita de
envolvimento no tráfico de drogas e um homicídio.
O repórter, que denunciava crimes impunes no Vale do Aço, em
que figuram como suspeitos policiais civis e militares, já teve a vida pregressa
toda vasculhada e, preliminarmente, entende-se que a motivação do crime foi mesmo
profissional e não pessoal. Tentaram de todas as formas avaliar que havia uma
motivação passional, que fosse e não se confirmou nada. Resta a necessidade de
se provar a relação do caso com o trabalho. Mas quem matou Rodrigo Neto?
Permanece a questão.
A falta de respostas e um suposto esfriamento das
manifestações que cobravam justiça foi um dos assuntos debatidos entre os
jornalistas que integram o Comitê Rodrigo Neto.
Alguns levantamentos recentes, chegam a ser cabulosos, como
a possível adulteração ou, no mínimo, violação de material de prova de um dos crimes.
Enquanto isso, os policiais que chefiam as investigações mantêm silêncio em
torno do caso. Alegando um suposto decreto de sigilo no inquérito, esquivam-se
dos jornalistas que os têm procurado para se informarem acerca do andamento do
caso, balanços, etc.
Cruzes que lembram crimes impunes voltarão ao cenário em Ipatinga |
Curiosamente, outra constatação é que tanto o delegado chefe
do DHPP, de Belo Horizonte, Vagner Pinto, quanto o atual chefe do 12º
Departamento da PC, Elder D`Ângelo, já estiveram no Vale do Aço em ocasiões
passada para apurar os crimes impunes – como a chacina de Belo Oriente - que o repórter
tanto denunciava, trabalho que, certamente lhe custou a vida.
PARABENS COMITE, SE FICAREM CALADOS NAO ACONTECE NADA. TEM QUE BALANÇAR AS ESTRUTURAS POIS A COMPETENCIA DA POLICIA INVESTIGATIVA FICA ABALADA SE NAO APARECER LOGO OS NOMES DOS CULPADOS. ESTA DEMORANDO DEMAIS. NAO PRECISA MAIS DE TEMPO NAO.
ResponderExcluir